Veja o que e a reforma tributaria e qual o seu objetivo

Está confuso com tantas mudanças na tributação do país? Entenda o que é reforma tributária, seus objetivos e como ela pode impactar a economia, as empresas e até o bolso do consumidor.
reforma tributaria

A reforma tributária promete simplificar impostos, reduzir burocracia e até baratear produtos e serviços.

Mas você sabe como essas mudanças vão impactar o seu dia a dia e a economia do país?

Neste blog, vamos explicar de forma clara o que é a reforma tributária, quando ela entra em vigor e como ela pode afetar consumidores e empresas.

O que é reforma tributária?

A reforma tributária é uma proposta que busca simplificar o atual sistema de impostos no Brasil, tornando-o mais transparente e menos burocrático.

O modelo atual é conhecido por ser complexo, com cobranças acumuladas ao longo das etapas de produção, o que gera a chamada “cobrança em cascata” e eleva os preços dos produtos finais.

Com a reforma, a principal mudança será a unificação de diversos impostos em duas novas siglas: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que ficará a cargo dos estados e municípios, e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de responsabilidade federal.

Ambos serão não cumulativos, ou seja, o imposto pago em uma etapa poderá ser abatido na etapa seguinte.

Essa simplificação deve, segundo especialistas, aumentar a competitividade da economia e até elevar o PIB potencial do país em até 10% nos próximos dez anos.

Quando vai começar a reforma tributária?

A implementação da reforma tributária será feita de forma gradual, seguindo um cronograma de transição que se estenderá até 2033.

O processo começa em 2026, quando as primeiras alíquotas de CBS (0,9%) e IBS (0,1%) começam a valer, substituindo parcialmente os tributos existentes.

Em 2027, a CBS entra em vigor integralmente, extinguindo o PIS e a Cofins. Já o IPI, imposto sobre produtos industrializados, terá alíquotas zeradas, com exceção dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus.

Entre 2029 e 2032, haverá uma redução progressiva das alíquotas do ICMS e do ISS, até que o IBS assuma integralmente a tributação.

Finalmente, em 2033, o novo sistema tributário será aplicado de forma completa em todo o país.

Esse prazo de transição foi pensado para permitir que estados, municípios e empresas possam se adaptar gradualmente às mudanças.

Qual o objetivo de fazer uma reforma tributária?

A principal meta da reforma tributária é modernizar o sistema de arrecadação no Brasil, que hoje é um dos mais complexos do mundo.

Entre os principais objetivos estão:

  • Simplificação de impostos: substituição de vários tributos por apenas dois (IBS e CBS), facilitando o cálculo e a gestão fiscal das empresas.
  • Transparência: a cobrança será feita no destino, ou seja, onde o produto ou serviço é consumido, e não mais na origem. Isso evita distorções como a “guerra fiscal” entre estados.
  • Fim da cobrança em cascata: com a não cumulatividade, os impostos pagos em cada etapa da produção serão compensados, evitando a tributação em excesso.
  • Incentivo aos investimentos e exportações: o novo modelo não tributará exportações e garantirá a devolução dos créditos de impostos acumulados, aumentando a competitividade do país no mercado internacional.

Essas mudanças visam reduzir o chamado “Custo Brasil”, um dos grandes entraves ao crescimento econômico.

A reforma vai afetar as cargas tributárias?

Uma das grandes dúvidas sobre a reforma tributária é se ela vai aumentar ou diminuir os impostos que pagamos.

A alíquota padrão do novo modelo está estimada em 26,5%, um número que pode assustar, mas que foi reduzido em relação às previsões iniciais, que chegavam a quase 30%.

Apesar de a carga tributária total se manter próxima à atual, o impacto será diferente entre setores e consumidores. Por exemplo:

  • Setores com regimes diferenciados: áreas como transporte público, produtos da cesta básica e serviços regulamentados terão alíquotas reduzidas, o que pode baratear os custos.
  • Impostos seletivos: produtos como bebidas alcoólicas e cigarros terão um imposto extra para desestimular o consumo.

Em resumo, enquanto alguns produtos e serviços ficarão mais baratos, outros poderão sofrer aumento de preço.

A intenção é equilibrar a arrecadação sem prejudicar setores importantes para a população.

Como ficará a economia?

As projeções para a economia brasileira com a reforma tributária são bastante positivas.

Especialistas acreditam que a simplificação tributária poderá atrair novos investimentos, estimular a geração de empregos e impulsionar o crescimento do país.

Entre os benefícios mais esperados estão:

  • Crescimento do PIB: com menos burocracia e custos, a economia poderá crescer até 10% em dez anos, conforme estimativas do economista Bernard Appy.
  • Redução de custos logísticos: com a cobrança no destino, empresas não precisarão mais planejar suas operações com base em incentivos fiscais de estados específicos.
  • Competitividade internacional: a isenção de tributos sobre exportações e a devolução rápida de créditos fiscais tornarão os produtos brasileiros mais atraentes no exterior.

Por outro lado, o período de transição pode gerar incertezas temporárias, principalmente para empresas que terão que se adaptar ao novo sistema.

Haverá mudanças para o consumidor?

Sim, a reforma tributária impactará diretamente o bolso dos consumidores, mas o efeito dependerá do tipo de produto ou serviço consumido.

  • Produtos essenciais: alimentos básicos, medicamentos e serviços de transporte público terão alíquotas reduzidas, o que pode resultar em preços mais baixos.
  • Produtos com Imposto Seletivo: itens como bebidas alcoólicas e cigarros ficarão mais caros devido à tributação extra.
  • Maior transparência: com a simplificação, os consumidores poderão ver com mais clareza o valor dos impostos embutidos nos preços dos produtos.

Outro impacto esperado é uma maior estabilidade nos preços a longo prazo, já que a não cumulatividade evita a “cobrança em cascata” de impostos ao longo da cadeia produtiva.

A reforma tributária é uma das mudanças mais significativas no sistema econômico do Brasil em décadas.

Ao simplificar os impostos e torná-los mais transparentes, a proposta busca estimular o crescimento, atrair investimentos e facilitar a vida tanto das empresas quanto dos consumidores.

Embora o período de transição demande ajustes, o novo modelo tem potencial para transformar o cenário tributário do país, promovendo um sistema mais justo, eficiente e equilibrado.

Com a ajuda de contadores qualificados, as empresas podem tomar decisões informadas, planejar seu crescimento e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

Conte com a Nu Contábil para fazer desde a gestão contábil até a abertura do seu CNPJ!

Oferecemos planos personalizados para você, com especialistas à sua disposição para garantir que sua empresa esteja em boas mãos.

Atendimento por telefone, WhatsApp e e-mail, com impostos mínimos e conformidade máxima para sua empresa!